sexta-feira, 25 de junho de 2010

Indumentariando.

Pausa para tirar a tensão do pescoço e para respirar um pouco.
Desenhar roupas não é (nada) fácil.
Cansa. E muito.
Para cada época corresponde uma cultura fashion diferente.
Os croquis estão ficando bons, mas tenho que desenvolver minha técnica de desenho.
Evolução das roupas + inspirações (um pouco forçadas, diga-se de passagem) + colorir.
Já enchi um caderno inteiro e to com medo que não sobrem folhas para meus desenhos - medo -.
Bom, vamos lá.
Eu descobri muitas coisas na história das roupas que me interessaram muito. Só que uma em particular me chamou atenção: a rainha francesa Maria Antonieta (1755-1793) era uma viciada em moda, uma mulher a frente de seu tempo. Vi uma reportagem que comparava a rainha à Madonna (sim, a diva do pop). Segundo Caroline Weber, (repórter da revista Aventuras na História), Maria Antonieta fez com que o mundo fashion ficasse acessível para pessoas de todas as classes. Sua mudança constante de estilo era intencional: manter as pessoas ligadas e curiosas em suas facetas de moda. Assim como Madonna, a rainha também acendeu os debates sobre a sexualidade feminina, causando, obviamente, muita polêmica.

Daaale Toinha!

domingo, 30 de maio de 2010

Ah, mais uma coisa!

Gentes, achei uma coisa que pode me ajudar e muito.
Espero que ajude vocês também...
Aí vai:

"Em Quarteto, Müller, dialoga com o autor Chordelos de Laclos, a partir da temática de Relações Perigosas.

O dramaturgo afirma que a peça Quartet é uma verdadeira Comédia, um jogo sexual que mergulha de forma cínica na luta de classes, apresentando dois personagens ambíguos e intrigantes da Aristocracia Francesa: Merteuil e Valmont. A ação dramática oscila entre um salão durante a época da Revolução Francesa e um Bunker após a 3ª Guerra Mundial.

Em sua força como dramaturgo, Müller incorpora principalmente as influências de Brecht e Artaud criando a sua própria dramaturgia. De acordo com Fernando Peixoto a obra de Brecht é a Tese, a obra de Antonin Artaud a Antítese e a obra de Heiner Müller é a nova Síntese, no século XX."

Neusa Maria da Rocha Ribeiro.

Iluminação.

Pausa agora na agonia da má interpretação para falar de uma outra agonia, a da iluminação cênica.
Quem disse que é fácil iluminar uma cena? Essa pessoa com certeza não entende nada de teatro.
Assim como eu também não entendia e julgava ser fácil.
Enfim, vamos ao que interessa.
Para nosso projeto de iluminação (disciplina com João Denys Araújo Leite) foi selecionada uma peça teatral. De uma forma muito louca eu fui sorteada para fazer o projeto de iluminação de Quarteto, de Heiner Müller. Pronto. Acabou meu sossego.
Comecei a leitura da peça, e um certo desespero tomou conta de mim.
Era um pouco confuso, e a linguagem não me ajudava muito a concentrar... HAHAHA
Brincadeira...
Agora, falando sério. "Quarteto" é um texto intrigante, mórbido, subjetivo, tem um tom de comédia, e um jogo sexual muito intenso. Complicado imaginar dois personagens assim.
E a iluminação, que vai dar o clima da encenação? Sombria? Intrigante? Procurei sobre encenações anteriores, mas não ajudou muito.
Tudo o que vi não pareceu denso o suficiente para criar o clima exato onde os dois personagens estão imersos...
Valmont e Merteuil!
Ajudem-me!

domingo, 23 de maio de 2010

Quinta-feira, 13 de maio de 2010.


Hoje, na verdade, não é quinta-feira, nem dia 13 de maio. Hoje é domingo, dia 23 de maio. Eu resolvi ocupar estas páginas da internet com meu relato sobre a vida de uma pobre coitada estudante de teatro. Neste blog tudo será escrito de acordo com as experiências vividas em sala de aula. Apresentando-se: sou aluna de Artes Cênicas, na Universidade Federal de Pernambuco e estou no 3º período do curso. A disciplina responsável por este diário-desabafo é chamada Interpretação 1. O mestre? Luis Augusto da Veiga Pessoa Reis. Um breve resumo: estamos lendo a peça "A Gaivota", de Anton Tchekhov, para elaborar algumas cenas e trabalhar em cima do conceito de Teatro Realista (o mais difícil), que, nas palavras de nosso mestre é algo como "quem faz esse tipo de teatro está preparado para encarar qualquer coisa..." e eu, claro, concordo. Bom, vamos ao que interessa... Na quinta-feira decidi ler todo o livro "A Gaivota" novamente. Isso porque uma série de acontecimentos me convenceu que deveria estar completamente entregue à leitura para que pudesse absorver ao máximo o universo do texto que estava lendo. Mas vamos por partes: comprei o livro de Tchekhov (aliás, este nome tem uma pronúncia duvidosa para mim: seria "txekov" ou "txek-hov"?) no dia 18 de março deste ano, e comecei a ler no mesmo dia. Uma semana depois havia terminado todo o primeiro ato. E depois nunca mais toquei no livro. Tudo o que sabia a respeito dos personagens até então era que havia um rapaz chamado Trepliov, que era aspirante a dramaturgo, e filho de uma mulher chamada Arkadina, que me pareceu desde o início fria. Sabia também que ele amava uma moça chamada Nine e que o amor entre eles se não fosse impossível, seria dificílimo de se concretizar. Minha relação com "A Gaivota" começou aí, porém de maneira muito sutil. A cada dia eu lia uma cena diferente, antes de dormir, já deitada na cama, mas sem concentrar-me completamente ao ler. No dia 16 de abril fizemos uma improvisação com o tema "sempre só e a vida segue sempre assim", no qual tivemos que apresentar uma cena. Meu grupo (eu, Clébia e Inácio) decidimos preparar uma cena no elevador: a garota introspectiva, o rapaz "folgadão" e a executiva arrogante. Preparamos a cena um dia antes, apenas seu "esqueleto", com uma ordem dos acontecimentos. Na sexta-feira (dia 17.04) quando saí da aula do mestrado às 13h corri para o Teatro Milton Baccarelli (onde estava acontecendo nossa aula) e a mesma já havia começado. Clébia já estava na sala e me esperava afobada. Fiquei também nervosa por ver que Inácio não havia chegado ainda. Quanto mais a hora avançava, mais ficávamos agoniadas. Assistimos aos outros grupos quando finalmente ele chegou. Mal colocou sua bolsa na poltrona já subimos no palco para representar a cena. O resultado foi desastroso. Sem a mínima concentração fizemos uma cena que nem parecia ter sido estruturada e ensaiada. Durante uma conversa com a turma, onde o professor faria seus comentários a respeito das cenas assistidas, percebemos que nossa representação fora pior ainda: nossos colegas falaram sobre o clichê de escolher uma cena de elevador, e também do fato de nossa representação ter sido muito "agoniada". Quando o elevador quebrou Inácio foi logo bater nas paredes, e eu caí e soltei os livros que carregava sem apanhá-los depois. Clébia saía do elevador como se estivesse pisando em ovos, e não fingiu bem estar com os sapatos de salto, e pisando firma, como uma pessoa "importante" faria. Quando sentamos no final da aula para discutir a cena, percebemos que as primeiras "fases" de uma boa preparação do ator - o relaxamento e a concentração - não estavam bem compreendidas, e que são de extrema importância. A espera pelos outros membros do grupo e uma falta de tempo para concentrar-se no que estava por vir foram fatores que atrapalharam nosso bom desempenho. Neste dia resolvi também reler alguns capítulos de "A Preparação do Ator", de C. Stanislavski. Tá aí uma boa dica de leitura. Esperem por mais...